Origem da fotossíntese

Um elétron sacode no Sol, e oito minutos depois outro elétron sacode na planta, mediados por um pequeno fóton que tem a "tarefa" de carregar a força eletromagnética de um canto para o outro no Universo. É o mesmo processo fundamental que possibilita que você possa ver a menina bonita lendo o livro no trem e impede que você atravesse as paredes. Mas as linhas que seguem pretendem falar um pouco sobre a fotossíntese (poderia me extender mais, só que as 05:30 da madrugada depois de um show de rock fica complicado).
O primeiro caso de poluição em grande escala ocorreu por volta de 2 bilhões de anos atrás, quando as primeiras formas de vida fotossíntetizantes começaram a liberar grandes quantidades de oxigênio na atmosfera, provavelmente intoxicando boa parte dos microrganismos que viviam na Terra, e muitos deles continuaram até hoje em poças anóxicas e e dentro de nossos intestinos.
Se você possui acesso ao site da Science, saiu ontem, dia 06 de março, esse artigo especial celebrando o Ano de Darwin, que deve ser muito legal: "On the Origin of Photosynthesis".
Em 1985, foi proposto pelos responsáveis do artigo "Eubacteria, halobacteria, and the origin of photosynthesis: the photocytes" o nome "Photocytes", que seria um grupo monofilético formado pelas eubactérias e as halobactérias, onde, evolutivamente seria encontrado o início desse mecanismo de aproveitamento da abundante luz solar, e os dados da pesquisa sugerem que todos os os fotossintetizantes descendem de um único ancestral comum que possuia algum tipo de proto-mecanismo que realizava essa função. É estranho tentar imaginar a vida na Terra sem esse maquinário silencioso das plantas e algumas bactérias, talvez ficasse por isso mesmo, pequenos nichos de sopa primordial espalhados pela superfície do planeta e em lugares extremos como nas fossas oceânicas, mas sem meninas lendo seus livros no trem ou plantas a medrar no deserto esperando alguem para a contemplar.

Foto: NzDave


2 Response to "Origem da fotossíntese"

  • Clarissa Says:

    E é aqui que se explica minha estranha paixão por aquelas que nem reino muito bem definido têm. Se as algas não enchessem os oceanos e as minhas lâminas no microscópio, o que seria de nossos pulmões? Aliás... pulmões?

    Se Darwin não tivesse viajado aquela vez, o que seria de nossas cabeças?

    É...


  • L. Felipe Benites Says:

    não seria... se nada disso tivesse acontecido, não iriamos trocar palavras pela caixinha de comentário de um blogue.
    as algas eram nós ;)