Sobre o amor e o Ornitorrinco
Qual é o maior mistério: os hábitos reprodutivos e comportamentais dos Ornitorrincos ou a mecânica amorosa do coração humano?
Adaptei essa frase da resenha do livro "Love an the platypus" do escritor Nicholas Drayson, sobre a expedição do jovem naturalista William Caldwell, que foi descobrir os locais de postura de ovos dos Ornitorrincos, onde conheceu a história trágica dos aborígenes e uma jovem mulher cega com muitos segredos...
Ainda não desisti de entender o funcionamento das relações amorosas e seus meandros, mas deixo isso para uma outra noite e atenho-me a refletir sobre a estranheza do ornitorrinco que não possui par na natureza. Eles poem ovos, produzem leite o qual secretam pelo abdome já que a fêmea não tem mamilos, os filhotes nascem com dentes o que os ajuda a sairem do ovo, nos machos se encontram esporões de veneno para proteção, e no focinho existem eletroreceptores que detectam campos elétricos de baixa frequencia, de modo que conseguem localizar suas presas embaixo da água sem precisar "enxergar" diretamente, pois mergulham de olhos fechados. Possuem 10 cromossomos sexuais (os humanos contam com 2, XY homens e XX mulheres), formando um conjunto de 52 cromossomos junto com os autossomicos os quais são mais similares aos das aves do que dos mamiferos no que tange a determinação do sexo, e os genes de produção de veneno que são similares ao dos repteis evoluiram independentemente.
Na abertura do filme Dogma, do diretor ultra-nerd, Kevin Smith, surge a frase "Até Deus tem senso de humor, veja o Ornitorrinco..." mas logo após eles pedem desculpas se ofenderam aos entusiastas e admiradores dessa espécie , pois eles tem muito respeito pelo animal, e não era intenção da equipe ofender essas criaturas...
Artigo da Science sobre a comparação do Genoma de um ornitorrinco fêmea, com outros animais:
Você pode aprender mais sobre o Genoma do Ornitorrinco aqui. página do National Center for Biotechnology Information.
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