Ciência que rouba
Li em algum lugar, talvez no blog do Mauro, que o melhor lugar para se fazer ciência não é sempre no laboratório, e sim muitas vezes em uma mesa de bar.
Alguns dias atrás, num boteco no centro antigo de Curitiba estava eu e meu grande amigo Químico, o Giorgio, conversando sobre o ensino de ciências, ambos já lecionamos, e obviamente já fomos (e ainda somos) estudantes. O tema principal foi a Eletrodinâmica e a Cromodinâmica Quântica, a Epigenética, metaloproteínas, ligações orgânometálicas, transposons e agentes quelantes. MINDFUCK!Mas isso foi só pano de fundo, a ciência, pois a grande questão em meio aos copos de cerveja e o frio estranho a mim, foi o porque dos métodos de lecionar ciência eram tão chatos quando estávamos na escola (e ainda é?), o que nos admira estarmos fazendo uma graduação em licenciatura em ciências e com objetivos de passar esse conhecimento para frente.
Alguns dias atrás, num boteco no centro antigo de Curitiba estava eu e meu grande amigo Químico, o Giorgio, conversando sobre o ensino de ciências, ambos já lecionamos, e obviamente já fomos (e ainda somos) estudantes. O tema principal foi a Eletrodinâmica e a Cromodinâmica Quântica, a Epigenética, metaloproteínas, ligações orgânometálicas, transposons e agentes quelantes. MINDFUCK!Mas isso foi só pano de fundo, a ciência, pois a grande questão em meio aos copos de cerveja e o frio estranho a mim, foi o porque dos métodos de lecionar ciência eram tão chatos quando estávamos na escola (e ainda é?), o que nos admira estarmos fazendo uma graduação em licenciatura em ciências e com objetivos de passar esse conhecimento para frente.
E pelas notícias do ministério da educação, falta professores de ciências, e os poucos com formação na área e já lecionam, tornam a matéria dura, enfadonha, e simplesmente chata!!!o que fazer na nossa humilde opinião? Introduzir exatamente estes assuntos complexos, que conversamos no bar, em tom de conversa, com o objetivo de "roubar "a atenção dos estudantes! certo que a primeira vista é paradoxal, ensinar por exemplo, a Relatividade, quando os alunos mal compreendem ou não gostam da física Newtoniana, mas a idéia é exatamente seduzir mesmo! através destes temas considerados "esotéricos", um roubo no sentido mais belo da palavra. Dai então ficaria mais suave a transição para outros temas mais "prosaicos", que são aqueles que a gente vê na escola, e claro no dia a dia.
E o mais precioso, o catalisador dessa sedução é o professor, ele que irá mostrar como é esse método especial de descobrir as coisas, que é a ciência. Que nada tira da beleza do mundo, mas só adiciona. Abrir as janelas da mente... Parece utópico eu sei, mas das vezes que toquei em assuntos complexos em aulas, os olhos da gurizada brilhavam, com esse mundo novo, grande e assombroso que se descortina quando estudamos a natureza das coisas através da ciência.
Tem o efeito Mpemba, descoberto por um estudante secundário africano, e que consiste no fato da água morna congelar mais rápido do que agua fria! muitas pessoas duvidam desse fato, mas então faça o seguinte, peça para a pessoa, ou seu aluno ir para casa e tentar reproduzir esse fenômeno, anotar os resultados e comparar com a teoria, agora sim, isso é ciência, e isso que a distingue de outros saberes, é um saber que te dá a possibilidade de confirmação e refutação pessoal de certas teorias.
Então, dessa forma poderemos começar a falar de uma real educação científica. Que não pode se limitar a transmissão de dados, decoreba, e passar em provas... Certo, ainda há muitos "Muros" para impedir essas ações, essas conversas, mas comece em sua casa, em seu bar favorito, na sua sala de aula, daí sim alguma coisa importante poderá surgir disso.
O termo ciência que rouba foi um problema meu de tradução do espanhol, de uma série sobre ciências "Ciencia que ladra". Mas eu gostei!
Imagem: aqui.
E o mais precioso, o catalisador dessa sedução é o professor, ele que irá mostrar como é esse método especial de descobrir as coisas, que é a ciência. Que nada tira da beleza do mundo, mas só adiciona. Abrir as janelas da mente... Parece utópico eu sei, mas das vezes que toquei em assuntos complexos em aulas, os olhos da gurizada brilhavam, com esse mundo novo, grande e assombroso que se descortina quando estudamos a natureza das coisas através da ciência.
Tem o efeito Mpemba, descoberto por um estudante secundário africano, e que consiste no fato da água morna congelar mais rápido do que agua fria! muitas pessoas duvidam desse fato, mas então faça o seguinte, peça para a pessoa, ou seu aluno ir para casa e tentar reproduzir esse fenômeno, anotar os resultados e comparar com a teoria, agora sim, isso é ciência, e isso que a distingue de outros saberes, é um saber que te dá a possibilidade de confirmação e refutação pessoal de certas teorias.
Então, dessa forma poderemos começar a falar de uma real educação científica. Que não pode se limitar a transmissão de dados, decoreba, e passar em provas... Certo, ainda há muitos "Muros" para impedir essas ações, essas conversas, mas comece em sua casa, em seu bar favorito, na sua sala de aula, daí sim alguma coisa importante poderá surgir disso.
O termo ciência que rouba foi um problema meu de tradução do espanhol, de uma série sobre ciências "Ciencia que ladra". Mas eu gostei!
Imagem: aqui.
Como um bom amigo de Wigner, simplificaste a problemática "ensino sucateado e enfadonho".
Isso me remete a um pensamento simplista de Feynman; "nós cientistas nada criamos. As descobertas sempre estão a nossa frente, apenas levamos tempo para decifrá-las.Elas sempre estiverem aí, e não sabíamos".
Creio que o todo indivíduo, desde pupilo, precisa ser instruído rumo ao pensamento do simples e possível. A conquista está mais perto quanto imaginamos. Step out you faith! Basta arregassar as mangas e querer!
E o mais intrigante em tua "tradução bem sucedida" do espanhol é que a ciência rouba atenção dos interessados em explorá-la, "ameaçando" desvencilhar todo tipo de ensino furreca.
Meus parabéns a este seu precioso trabalho cujo objetivo é ressaltar sua jardinagem, levando adiante a idéia de que " A ciência avança: funeral após funeral".
Hasta la victoria! Giorgio